O retiro do cardeal-guerreiro
Aham... Alteza... Perdoai-me a blasfémia, que sei poder custar-me a cabeça, mas... E SE FOSSES PÓ CARALHINHO? Aham... Bem... Estou mais calmo...
Aproveito a ocasião para informar a corte de que as preces e outros exorcismos de que tinha sido encarregado pelo Papa estão a terminar. Com efeito, hoje deverá ser o último dia em que visto a minha batina de comum prelado. Como previsto resta-me agora elaborar o meu relatório e deslocar-me a Roma para o apresentar ao Santo Padre.
É do geral conhecimento que a elaboração de um relatório deste calibre requer um retiro espiritual que não pode ser obtido num simples convento pululante de tentadoras irmãs e intrigas insidiosas. Assim sendo, anuncio à corte a minha partida com um reduzido séquito para o meu condado de Vialonga. Estarei mais isolado de iníquas influências mas infelizmente também me encontrarei mais longe dos meus irmãos da corte. Consola-me levar comigo o meu novo mensageiro franco, que substituiu o antigo (afinal ainda vivo!), que me permitirá a espaços contactar com a corte.
Sem outro assunto de momento regresso à nave principal do Convento do Lumiar para o último missal antes da minha partida.
Despeço-me já com saudades da corte (que me lembra os meus tempos em Bizâncio durante a preparação do Concílio de Niceia) e desejando umas faustosas Cortes de Julho a toda a corte, possivelmente com a presença de Lord Yakodik, O Bardo.
Glória ao Senhor e a El Rey D. Vasco II, O Belo.
Monsenhor de Carvalho

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